Eu moro na mesma casa desde que eu nasci. E antes de eu nascer, ela já existia há muito, muito, muito tempo. Minha casa é muito antiga e por conta de alguns desencontros da vida, acabou sendo negligenciada.
De fato, a casa é velha sim (ok, já deu pra entender né, adrielly!), mas acontece que ela só precisava de alguém que a olhasse com mais carinho. Que não tivesse os mesmos olhos cansados e viciados que eu tinha, que parasse de focar nas partes difíceis de arrumar e se atentasse mais ao seu potencial.
Tudo começou com pequenas revitalizações pontuais em pequenos móveis. Até que um dia eu pisquei e, quando vi, já tava segurando o rolo de tinta pintando a sala de verde, o banheiro de cinza e comprando uma mesa, cadeiras e guarda-roupa. Pra uma pessoa que nunca tinha entrado na Leroy Merlin, passei a ser aquela pessoa que sabia os nomes das tintas, que sabia explicar a diferença entre verniz e stain e que descobriu que cabo elétrico 2×1,5mm é raridade. E assim, em pouco mais de seis meses, com um teco de boa vontade, muita criatividade, algumas paredes pintadas, 5 metros de madeira pinus, um namorado cheio de disposição e amor, a casa foi ganhando uma nova vida.
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Vou começar falando da sala, que apesar de ainda estar incompleta, foi o primeiro ambiente que arriscamos mexer. Acredito que a mudança mais significativa e impactante foi a parede, que recebeu tinta verde na metade inferior. À princípio, ela foi pintada de azul, mas não ficou no tom que eu queria, ficou meio com cara de pátio de escola decadente, sabe? hahah Aquilo ficou me incomodando e, em menos de duas semanas, tacamos tinta verde por cima. Isso me deixou um pouco mais feliz, mas sei lá, às vezes amo, às vezes acho meio estranho. Mas, vida que segue, certo?
A mesa de jantar que já tinha uns 20 e tantos anos foi embora e deu lugar à uma mesa menor com um design mais limpo e as tais cadeiras Eames que to-do-mun-do-tem. O quadro de insetos era um desejo antigo e achei coerente com a temática urban jungle 70’s que aflorou na sala. A samambaia holandesa é meu amorzinho e se chama Frida. Os suportes de plantas estavam aqui no meu quintal, direto dos anos 80, um pouco debilitados sim, enferrujados e descascando. Mas com um pouco de tinta spray, ficaram novinhas e perfeitinhas.
A janela dá de cara para uma paredinha que tá precisando de uma pintura urgente. Porém, enquanto não criamos coragem de pintá-la, resolvemos dar uma leve camuflada e fazer o famosíssimo jardim vertical. Pegamos 2 estrados de uma cama de solteiro que já nem existia mais, após duas demãos de stain, foram pendurados na parede. Os suportezinhos de madeira, que seguram os vasos de Peperômia, foram ideia do namorado e eu amei como ficou a estética.
Aqui também tinha uma estante daquelas antigas, cheias de prateleiras, bem cafoninha, antiquada e tal. Aquele tipo de estante que foi desenhada para acomodar uma televisão de tubo 21 polegadas e não as telas planas que temos atualmente, haha. Só que eu não queria comprar mais um móvel novo, mas também não podia me desfazer da estante pois ainda precisava do armário para guardar “coisas da casa”. A solução? Arrancar a parte de cima e deixar somente o balcão inferior. Ficou perfeito! haha A ideia ainda é lixar para retirar as marcas na madeira, trocar puxadores, talvez pintar as portas, mas vamos acompanhar e ver se desenrola.
E, por fim, que na verdade foi a primeira coisa que reformamos: uma mesinha com rodinhas. Também era super antiga, minha avó dizia que um dia já foi usada como suporte de televisão, na época em que televisão ainda era novidade. Depois de aposentada, virou uma mesinha de apoio na cozinha, meio escondida, ficava do lado do fogão. Tava toda enferrujada e o tampo se desintegrando. A base de metal foi pintada com a queridinha tinta spray, colocamos um tampo novo de pinus que ficou uma gracinha com as bordas pintadas de preto. Nem parece a mesma de tão bonitinha que ficou.
O problema é que ainda não encontrei um local/função bons o suficiente para ela. Você tem alguma sugestão? Por enquanto, fica na sala, acomodando a Dolce Gusto, um espelho octogonal que achei no Mercado das Pulgas daqui de Curitiba e os vasinhos da adoro etc que ficaram lindas com cabelinho de tostão (ou dinheiro-em-penca) e mini-samambaia.
Como eu falei, ainda estamos pensando em mais ideias e projetinhos para essa sala, não paramos nunca de pensar, haha. Além de revitalizar o balcão da tv, também pretendo colocar mais alguns quadros e objetos nas paredes que estão muito vazias, trocar aquele tapete/passadeira, elaborar uma moldura para o espelho. Trazer mais plantas, tanto ali no jardim vertical quanto pra dentro da sala, pois a louca das plantas ainda sobrevive em mim.
Não detalhei muito os DIYs que fizemos, mas se você quiser que eu explique um pouco mais sobre alguma coisa, me avisa aqui nos comentários. Posso fazer outro post mais focado no passo a passo e materiais que foram usados. ;) Em breve, vou falar também sobre as outras “reforminhas” que fizemos aqui no quarto e no banheiro, tá?
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Eu sei que fica difícil entender o quanto a sala mudou nesse último ano, já que não fiz nenhum registro do “antes”, né? Mas, para compensar, deixo aqui uma foto que representa o oposto: o quanto as coisas quase não haviam mudado por aqui, haha. Essa bebezinha bochechuda sou eu, com 6 meses de vida, você reconhece aquela estante ali atrás?